Sistema de Saúde precisa mudar o modelo, ter gestores competentes e focar na atenção ao paciente
Com fonte de recurso limitada, o Sistema de Saúde do Brasil precisa mudar o modelo, transformar médicos em gestores competentes e focar em atender às expectativas do paciente. A análise é da professora doutora Maria Laiz Athayde Marcondes Zanardo e foi feita durante palestra ministrada, na quarta-feira à noite (19), no Centro de Eventos Trecsson Business, localizado no Catuaà Shopping Maringá.
Uma das principais autoridades do PaÃs, no assunto, Maria Laiz destacou que a estrutura, pública e privada, deve ser direcionada para a promoção da Saúde e a prevenção de doenças. ?É necessário mudar o modelo e oferecer mais condições para a atenção primária, para reduzir os custos da média e alta complexidade. Vale a velha máxima do é melhor prevenir do que remediar?, ressaltou.
Ferramentas administrativas
Sobre a gestão do sistema, a coordenadora dos cursos da área de Saúde da Fundação Getulio Vargas (FGV) afirmou que os médicos brasileiros apresentam um padrão de excelência internacional no atendimento clÃnico e que chegou a hora de se dedicarem à capacitação e ao aperfeiçoamento das técnicas administrativas. ?Os profissionais precisam dominar ferramentas como estabelecimento de metas, planejamento, indicadores, monitoramento de resultados, custos, formação e liderança de equipes de alto desempenho, controle de estoques, manutenção dos prédios e equipamentos, entre outros?, recomendou.
Na esfera do paciente, Maria Laiz mostrou dados de uma pesquisa que indicam que os desejos deles são, primeiro, ser bem acolhido; segundo, ter apoio emocional; e, por fim, receber um tratamento clÃnico, que resolva o problema. ?É a humanização do atendimento na essência. Quem está doente, está fragilizado. Os profissionais da Saúde devem estar preparados para ajudar a controlar a ansiedade e auxiliar os pacientes e familiares a superarem os medos, comuns em situações do gênero?, acrescentou.
A experiência de ter atuado em hospitais, considerados de primeiro mundo, como o Israelita Albert Einstein, SÃrio-Libanês e Samaritano, todos localizados na cidade de São Paulo, leva a especialista a concluir que inovar e investir em tecnologia vai além da compra e operação de máquinas e equipamentos de última geração. ?Semelhante aos demais setores da atividade empresarial, o ser humano deve estar em primeiro lugar. Profissionais capacitados e motivados superam os obstáculos e produzem os resultados esperados?, frisou.